quinta-feira, 5 de maio de 2016

Filmes sobre Intolerância Religiosa

PARADISE NOW

Amigos de infância, os palestinos Khaled (Ali Suliman) e Said (Kais Nashef) são recrutados para realizar um atentado suicida em Tel Aviv. Depois de passar com suas famílias o que teoricamente seria a última noite de suas vidas, sem poder revelar a sua missão, eles são levados à fronteira. A operação não ocorre como o planejado e eles acabam se separando. Distantes um do outro, com bombas escondidas em seus corpos, Khaled e Said devem enfrentar seus destinos e defender suas convicções.
Fanatismo é a primeira palavra que vem à cabeça, geralmente seguida por imagens estereotipadas de osamas-bin-ladens genéricos, segurando explosivos numa mão e uma AK-47 na outra, enquanto gritam Alá e pressionam o botão da bomba. Paradise now (2005), filme do israelense Hany Abu-Assad, acaba com tudo isso.


UMA GARRAFA NO MAR DE GAZA

Tanto Tal (Agathe Bonitzer) quanto Naïm (Mahmud Shalaby) nasceram em um terreno de terra queimada, onde os pais costumam enterrar seus filhos. Entretanto, as vidas deles são bem diferentes. Tal tem 17 anos, é judia e mora em Jerusalém, enquanto que Naim tem 20 anos, é palestino e mora em Gaza. Apenas 60 milhas os separam em relação à distância, mas o histórico de guerra entre os povos é um grande complicador. Só que uma garrafa jogada ao mar pode mudar a situação entre eles, trazendo forças para que suportem esta dura realidade.
Como estamos quase do outro lado do mundo, nós, brasileiros, muitas vezes recebemos de forma passiva as informações vindas da disputa entre Israel e Palestina. Quando emitimos opinião, de forma geral, optamos por uma vilanização ou vitimização de quaisquer das partes. Por isso, é fascinante quando nos deparamos com uma obra que busca debater tal complicada vizinhança como ainda o faz através dos olhos de inocentes.



SANGUE NEGRO

Virada do século XIX para o século XX, na fronteira da Califórnia. Daniel Plainview (Daniel Day-Lewis) é um mineiro de minas de prata derrotado, que divide seu tempo com a tarefa de ser pai solteiro. Um dia ele descobre a existência de uma pequena cidade no oeste onde um mar de petróleo está transbordando do solo. Daniel decide partir para o local com seu filho, H.W. (Dillon Freasier). O nome da cidade é Little Boston, sendo que a única diversão do local é a igreja do carismático pastor Eli Sunday (Paul Dano). Daniel e H.W. se arriscam e logo encontram um poço de petróleo, que lhes traz riqueza mas também uma série de conflitos.

Filme poderoso, daqueles que não deixam o espectador sem opinião ao fim da sessão, é também um filme que cresce dentro da gente com o tempo - e com o tempo surgem novas interpretações.



PERSEPOLIS


Marjane Satrapi (Gabrielle Lopes) é uma garota iraniana de 8 anos, que sonha em se tornar uma profetisa para poder salvar o mundo. Querida pelos pais e adorada pela avó, Marjane acompanha os acontecimentos que levam à queda do xá em seu país, juntamente com seu regime brutal. Tem início a nova República Islâmica, que controla como as pessoas devem se vestir e agir. Isto faz com que Marjane seja obrigada a usar véu, o que a incentiva a se tornar uma revolucionária.

Persépolis te prende de uma forma indignante, não só porque você fica indignado com as injustiças e opressões, mas porque você se mostra solidário com a situação de Marjane durante o filme e por vezes até se identifica de forma pesada. De alguma forma ou de outra você se reconhece em determinada situação do filme, sabe o que ela passa.

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